Balduína de Oliveira Sayão (1902/1999), conhecida como Bidu Sayão: cantora lírica, considerado uma das melhores do mundo
Ela estreou cantando, aos 18 anos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi depois estudar na Europa e lá cantou uma ópera pela primeira vez, em 1926, em Roma. Sua estreia foi tão admirável que lhe rendeu a entrada definitiva no rol dos grandes intérpretes líricos da Europa. A partir daí cantou em vários teatros importantes nos mais diversos países.
Em 1937 estreou no Metropolitan Opera de Nova York, a grande casa de ópera norte-americana. Fez enorme sucesso e acabou integrando com destaque o elenco da companhia durante 13 anos, pois encantados os americanos não a deixaram partir. Continuou a dar concertos através de todo Estados Unidos, onde passou a morar, além de diversos países na Europa e América do Sul até encerrar sua carreira.
Em 1938, cantou para o presidente Roosevelt na Casa Branca, que, admirado com sua arte, lhe ofereceu a cidadania americana. Ela recusou a oferta, pois mesmo morando fora, sempre se viu brasileira.
Ao longo de sua carreira, conviveu e trabalhou com as grandes personalidades artísticas musicais do século XX , como o maestro italiano Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores – que a chamava de "la piccola brasiliana" .
Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos. Imortalizou sua Bachiana n.º 5, das Bachianas Brasileiras, numa gravação considerada pelo maestro como a mais perfeita já feita e que, por dois anos seguidos, foi o disco mais vendido nos Estados Unidos.
Bidu foi uma das mais importantes e requisitadas cantoras líricas do mundo! Encerrou a carreira em 1958, recebendo as maiores homenagens e melhores críticas.
Em 1995 foi homenageada pelo enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis e desfilou, aos 93 anos, em um carro alegórico, chamado O Cisne Negro.
Próxima quarta-feira, dia 04/05: ANÉSIA PINHEIRO MACHADO
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