Não há muito a acrescentar nessa fala de
Clarissa. Parabéns a todas pelo Dia da Mulher, e que sejamos lobas.

Não
fomos feitas para ser franzinas, de cabelos frágeis, incapazes de saltar, de perseguir,
de parir, de criar uma vida. Quando as vidas das mulheres estão em estase, tédio,
já está na hora de a mulher selvática aflorar. Chegou a hora de a função criadora
da psique fertilizar a aridez.
Aproximar-se
da natureza instintiva não significa desestruturar-se, mudar tudo da esquerda
para a direita, do preto para o branco, passar o oeste para o leste, agir como
louca ou descontrolada. Não significa perder as socializações básicas ou tornar-se
menos humana. Significa exatamente o oposto. A natureza selvagem possui uma
vasta integridade.
Ela
implica delimitar territórios, encontrar nossa matilha, ocupar nosso corpo com
segurança e orgulho independentemente dos dons e das limitações desse corpo, falar
e agir em defesa própria, estar consciente, alerta, recorrer aos poderes da intuição
e do pressentimento inatos às mulheres, adequar-se aos próprios ciclos, descobrir
aquilo a que pertencemos, despertar com dignidade e manter o máximo de consciência
possível.”
Mulheres que correm com os Lobos, pg 26
Nenhum comentário:
Postar um comentário